Muito se ouvia “o bebê não faz nada” ou “ele só brinca”, mas sabemos que há muito mais que isso, vários estudos já definem a primeira infância como uma das mais importantes fases no desenvolvimento do ser humano.
Pela neurociência é sabido que nos primeiros seis anos de vida acontece a maior e mais acelerada atividade cerebral. Os caminhos neurais, as conexões se ampliam. Vivências e experiências favorecem essa evolução. A qualidade dessas experiências determina sua intensidade. Essa qualidade se dá por meio, principalmente de emoções. É também a época em que a personalidade se constrói.
Físico, emocional e mental desabrochando juntos num ser integral.
Na rotina da educação infantil brincar é muito sério, as crianças se divertem, se emocionam, aprendem regras, limites. Desenvolvem a autonomia, a confiança e a autoestima verdadeira.
Processos de aprendizagem, descobertas cognitivas, afetivas; o ganho de habilidades físicas vai gradativa e ludicamente se desenvolvendo; é o autoconhecimento.
Mas é o contato social, a interação com os colegas e educadores, a relação além do convívio familiar que faz o mundo se apresentar. Um amigo dirá :não! Onde o familiar pela razão ou pela emoção, cederá. Na relação entre amigos aprendem a respeitar, logo, exigir respeito. A rotina escolar trará a conscientização de fazer parte, ser cooperativo, respeitar o mundo no qual é cidadão.
Na educação infantil a criança (esse ser único, portador de características próprias que se mesclam às influências do meio que frequenta) mostra-se um ser criativo, investigativo, com a necessidade de observar, explorar, vivenciar para construir-se e a seu saber.
A educação infantil propõe tais experiências.
Por meio de variadas atividades, brincadeiras e jogos, pensados para enriquecer esse percurso, são mediadas e tem respeitados seu ritmo de desenvolvimento, observada sua forma de absorver as experiências das quais participa.
Seu desejo de descobrir emerge como facilitador desse desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social. Gradativamente absorve o mundo que a cerca, preparando-se para participar dele.
Jogar bola, pular corda, correr de motocas, brincar de pega-pega, de esconder, capoeira, dançar, brincadeiras clássicas, desafios em circuitos de obstáculos, é o movimento integrando todo o desenvolvimento motor. O fazer.
Também desenhar, pintar, rasgar, recortar, alinhavar, colar, modelar, destacar, construir, habilidades que vão sendo dominadas com prazer e autorreconhecimento.
Em rodas de conversa, cantando, ouvindo histórias, contos, poesias, além da curiosidade sobre a escrita, ocorre a troca de informações, são trazidos conhecimentos prévios de casa, há a percepção de que se contribui e recebe contribuições de experiências fora da escola. A troca é muito rica e motiva a atenção.
O teatro, a música, a dança, as artes plásticas, são a cultura transmitida e vivenciada em atividades dirigidas e compartilhadas que vem em aprendizagem significativa. São outras formas de expressão, o conhecimento de que podemos “dizer” de outras maneiras.
No mundo do jardim, observando pequenos insetos, o ciclo da vida; plantando, cuidando vão se responsabilizando pelo meio ambiente em que vivem. O saber.
Brincar de “faz de conta” ajuda a compreender questões do dia a dia, propor soluções, criar enredos, imaginar soluções.
Na participação dos amigos vamos aprendendo a solucionar conflitos, exigir e fazer conceções, pedir, oferecer, trocar. Ao mesmo tempo, as amizades se solidificam, há amor, carinho, muitos planos e risadas.
Na educação - infantil combinar, planejar e executar são um fato.
Podem estar seguros dos “sim” e dos “não”. Confiam e são confiáveis. Falam e lidam com seus sentimentos, respiram fundo, praticam yoga, relaxam e aprendem a se controlar e concentrar.
As crianças são incentivadas a propor, criar, apresentar suas ideias. São os protagonistas do seu crescer, identidades marcantes neste pequeno mundo. O querer.
Na educação infantil trabalhamos com pluralidade de enfoques, há muitas técnicas buscando sempre a integração das competências mas o principal é o vínculo afetivo que estimula o prazer em brincarmos juntos, desenvolver.
Na educação infantil, a família, parte principal na vida das crianças também participa desta viagem evolutiva. Confiança, colaboração, orientação ficam ao dispor, afinal nosso objetivo é mesmo muito importante, a educação infantil.
Sim. A educação infantil é mesmo muito importante. Nossos pequenos têm um mundo se descortinando á sua frente e nós, juntos, podemos oferecer ferramentas para que atinjam seus potenciais com alegria no esforço e harmonia nas relações. Felizes e seguros para construir um belo mundo.
Nem sempre dói aprender como diz o ditado popular, confirma a educação infantil.